terça-feira, 28 de setembro de 2010

É de noite...

É de noite que geralmente surgem
Basta fechar os olhos e começam a aparecer
Uma a uma num ritmo lento,
tentando sempre algo me dizer.
Vão se juntando a seus pontos e vírgulas
Algumas frases posso então formar
E como num simples toque de magia
Lindos versos consigo alcançar.
De tantos versos já são muitas estrofes
E nem sequer comecei a escrever
Fico com medo de abrir os olhos
E tudo aquilo desaparecer.
Mas num impulso forte pego a caneta
e o papel e passo a rabiscar
Cada letrinha, cada frase pronta
E uma linda música posso então cantar.
É assim que crio, sempre no silêncio
onde ninguém pode me interromper
Nada atrapalha, nem mesmo um ruído
O que é possível só ao anoitecer.
Custei um pouco a entender o sentido
E muito mais pra me deixar seguir
mas foram tantas palavras unidas
Que um dia então não pude mais fugir.
E cá estou em mais um desses momentos
de devaneio ou de inspiração
liberto a mente e escrevo o que penso
Cada palavra parece um botão.
E logo, logo já tenho uma rosa
Que ao se abrir exala a sensação
de um poema cheio de harmonia
Com suas rimas de amor e paixão.




Nenhum comentário:

Postar um comentário